Entrevista de emprego. O que devemos esperar?

A maçã no topo da árvore

No mundo atual, onde o mercado de trabalho torna-se cada vez mais exigente, em especial para o jovem, a entrevista de emprego parece ser ‘um bicho de sete cabeças’. Mas na verdade, é muito mais simples do que se pensa. O que nós jovens precisamos, na verdade, é saber o que é uma entrevista de emprego de verdade, ignorando os milhares de comentários que vêm de todos os lados. Nada de ouvir o tio, a prima, a vizinha ou o cunhado que já passaram por isso, e não se deram bem. Nenhuma entrevista é igual à outra, e o mais importante: a entrevista depende do entrevistado. ‘No final das contas’, quem decide se você vai ou não ser classificado para o cargo, é você mesmo.

Beatriz Moraes, membro da Equipe Hiperativos, conta sobre sua primeira entrevista de emprego:

"Eu passei pela minha primeira entrevista de emprego aos 16 anos de idade. Me lembro que passei quase uma hora na frente do meu guarda-roupa, até decidir por uma calça preta, sapatilhas e uma camisete branca - uma roupa bem básica, a melhor escolha que poderia ter feito. Cheguei tremendo na empresa, mas logo mentalizei que, se fosse para dar certo, tudo correria bem. Se não desse certo, é porque aquele cargo não era para mim, e haveria outro melhor.

Recordo-me muito bem de duas perguntas em especial, que me foram feitas. Em uma delas foi-me questionado porque em quatro meses de procura (eu havia feito 16 anos em maio, e estava procurando emprego desde então - essa entrevista foi em setembro de 2008), eu ainda não estava empregada. Respondi que eu confiava no meu próprio trabalho, e sabia que tinha muito a proporcionar a empresa a qual eu iria trabalhar. E por isso, me dava ao luxo de aceitar ou recusar alguma proposta que não me valorizasse como profissional. Ou seja, valorizei meu próprio trabalho, o que demonstrou minha auto-confiança, meu diferencial.

A outra pergunta, foi em relação aos meus planos de realizar uma viagem de intercâmbio. Lembro-me que o entrevistador disse que a empresa estava contratando uma profissional estável, e não uma estagiária temporária. E que para a empresa, meus planos de viajar seriam um grande impasse. respondi: 'Planos apenas planos. Tenho sim grande interesse em viajar, porém, se contratada, talvez minha visão mude. Tudo depende das minhas atuais pespectivas e de como o meu trabalho pode ser reconhecido na empresa. Se hoje ou amanhã surgir alguma possibilidade de crescimento aqui dentro, meus planos podem mudar e muito. Planos são apenas planos, não certezas.'.

Além de estudar no mesmo colégio desde que nasci, e de meus pais estarem há muito tempo empregados em ótimas empresas da região (o que demonstrou que eu possuía toda a estabilidade que estavam procurando), acredito que essas duas respostas foram cruciais para que eu conseguisse o cargo. Eu consegui pensar rapidamente, no que falar e como falar. Isso foi muito importante.

No dia seguinte, comecei a trabalhar. Recebi as chaves da empresa, a senha do cofre, senhas de bancos... ou seja: a confiança do chefe. Com 16 anos, eu era o chefe da empresa enquanto o próprio não estava, e tinha nas mãos a confiança dele. Permaneci no cargo durante seis meses, até que decidi seguir o meu verdadeiro caminho, o das artes, após descobrir que o ramo administrativo não tinha nada a ver comigo. Mas as portas da empresa permanecem abertas para mim. Quando saí, recebi a garantia de que a hora que eu quisesse eu poderia voltar. Eu e meu ex-chefe ainda somos amigos, conversamos e saímos com o pessoal que trabalhava lá, e eu ainda o chamo de 'Boss'. Afinal, ele foi o primeiro. Até hoje sinto-me orgulhosa de mim mesma, pois tudi isto significa que realizei um bom trabalho!"

Para se sair bem na sua entrevista, bastam algumas dicas simples que fazem toda a diferença. Porém, não adianta apenas ler dicas tiradas de um site qualquer. A equipe Hiperativos decidiu procurar mais a fundo sobre esse assunto. O resultado foi uma excelente entrevista com o consultor de empresas, fundador da 'R Benche Assessoria de Empresas' (uma das mais reconhecidas e bem sucedidas empresas de assessoria da região do Vale do Itajaí), o Sr. Rogério Benche. Além de atuar no ramo empresarial, ele também faz a diferença como professor em cursos profissionalizantes em Itajaí e região, preparando jovens para seu futuro profissional.

Rogério Benche é entrevistado pela Hiperativa Camila Bannwart

Como podemos ver nesta entrevista, são os detalhes que diferenciam os candidatos, são eles que fazem toda a diferença. Depois de todas essas valiosas dicas, não tem como você não se sair bem em sua próxima entrevista, não é mesmo? O entrevistador, não é nenhum ‘monstro’, nenhum ‘ditador’. Ele apenas possui o papel de selecionar o que é melhor para a empresa, e lembre-se sempre de que ele sempre escolhe a maçã no topo da árvore. Aquela mais vermelha e mais difícil de se achar. Portanto, mostre a ele que você é a pessoa que a empresa estava procurando: um profissional qualificado, maduro e responsável pronto a encarar as novas responsabilidades do cargo!

Boa sorte a todos, boa entrevista!

Equipe Hiperativos